segunda-feira, 23 de junho de 2008

Michel Onfray, em A Política do Rebelde, entre serus vários questionamentos, um me chamou bastante a atenção: "Quem não defendeu o fundamento do sistema de reprodução social das elites, não encontrando nada de suspeito em relação àquilo que obtêm os canoninatos como se herdassem os talentos?"
Refelxão que me leva ao auto-questionamento no momento em que no estado de SP, professores se mobilizam, se articulam para uma greve. Professores que visam revogar decreto autoritário apresentado pelo atual governador José Serra e sua aliada Maria Helena, secretária da educação.
questiono-mese não estamos mais uma vez cometendo o mesmo erro,utilizando de ações imediatistas, não que estes não sejam válidos, pois sempre há a espectsativa de surpresas, mas o que me pergunto é será que não houve colaboraçoes inconscientes dos pedagogos para a aprovação de tal decreto, fora outras medidas impostas pelo senhor governador? Sempre cumprimos suas normas, e porque não dizer que abusamos de alguns direitos para nós oferecidos, agora pergunto é os alunos: crianças, jovens adolescentes e até mesmo adultos e velhos, o que os mestres tem colaborado com estes? Será que não houve mais preocupação econômica por parte dos professores, simbolizados com sua preocupação no implante disciplinar sobre os corpos dos aprendizes?
Retorno ao passado para tentar reforçar minhas reflexões, ouvir os olvidados, educadores que foram expostos ao esquecimento, como a militante eminista e anarco-individualista Maria Lacerda de Moura, em correspondência enviada a seu comapnheiro de idéias Fábio Luz, retiro uma passagem: "Falta a educação, faltam as verdadeiras escolas. Carecemos de mestres. Carecemos de quem derrube as escolas oficiais - pseudo escolas de educação, de quem derrube os dogmas a golpes de verdades cruéis, com a ousadia dos loucos, a maneira dos martóres da ciência na idade média."
A ousadia, coragem, audácia para expormos aos discentes elementos para a vivência e sociabilidade criativa destes. Muito provavelmente falte coragem, já que os espaços institucionais nos assombra, alimenta nossa timidez, mas alguns minutos diários de discussão de torca de idéias entre todos torna-se útil para vigorarmos a ação criativa, e a possibilidade de busca de respostas aos problemas cotidianos que prendem nossos corpos e assombram nossas almas.
Talvez esteja sendo um pouco exagerado e precipitado também mas, me chateia os professores sempre se apresentarem como vítimas e ao mesmo tempo continuando a atuar como formadores de seres exclusos e até mesmo reclusos, quando não são obedecidos, mas que imporam auxilio destes em momento de "desespero", algumas vezes até com castigos.
Vale outra passagem, da correspondência, de Maria Lacerda: "Dizem que precisamos mais de açõ que de palavras, discordo. Cada momento depende do momento anterior."
Enfim, torna-se necessário não apenas nos expormos como número no centro da capital paulista mas, também, aprendermos a sermos criadores, exercermos a função de criação, e não sermos meras criaturas, necessita-se a busca de novas existências, fora dos diametros autoritários.
Tarefa difícil? acredito que sim mas, não é impossível!
Renato Lauris Junior

Um comentário:

Ronan disse...

Nossa! Precisa melhorar esse blog. Os textos precisam ser menores, menos acadêmicos e com correção: os erros de português e digitação são muitos.